O cooperativismo tem desempenhado um papel fundamental no desenvolvimento socioeconômico do Brasil, e em 2025 a expectativa é a de que sua relevância seja ainda mais evidente. Com uma economia global cada vez mais interconectada e desafios locais que exigem soluções criativas, o modelo cooperativo se destaca como uma alternativa sustentável e inclusiva.
O Brasil conta com mais de 4,5 mil cooperativas registradas, que atuam nos ramos Financeiro; Agropecuário; Consumo; Infraestrutura; Trabalho, Bens e Serviços; Transporte e Saúde. Estas organizações representam mais de 23 milhões de cooperados e geram milhões de empregos diretos e indiretos, o que demonstra que o cooperativismo se consolidou como um dos pilares da economia nacional, promovendo inovação, equidade e resiliência econômica.
Ao contrário de modelos empresariais tradicionais, as cooperativas priorizam o bem-estar coletivo em vez do lucro de poucos acionistas. Em regiões rurais, as cooperativas agrícolas, por exemplo, são responsáveis por boa parte da produção de alimentos para o mercado interno e externo. Além disso, promovem a inclusão de pequenos produtores no mercado, garantindo preços justos e acesso a tecnologias.
Inovação Social e Sustentabilidade
As cooperativas desempenham um papel essencial na promoção da sustentabilidade. Seja por meio de práticas agrícolas regenerativas, seja na utilização de energias renováveis em cooperativas de energia, o modelo cooperativo contribui para a preservação ambiental.
Ao longo dos últimos anos, iniciativas de cooperativas de crédito, como o Sicoob Fluminense, têm financiado projetos voltados para o desenvolvimento sustentável, como energia solar e agricultura orgânica, demonstrando o compromisso do setor com um futuro mais verde.
Outro aspecto importante do cooperativismo é o seu caráter democrático. Todos os membros têm voz e voto, independentemente do capital investido. Esta estrutura promove a inclusão social e fortalece a cidadania, empoderando comunidades a participarem ativamente das decisões que afetam suas vidas. Isso é especialmente relevante em um país diverso e desigual como o Brasil.
Em 2025, as cooperativas brasileiras deverão continuar inclusive a expandir sua influência internacional, especialmente nos setores de crédito e agronegócio. A exportação de produtos agrícolas e o fornecimento de serviços financeiros para
micro e pequenos empreendedores mostram como o cooperativismo contribui para a balança comercial e o crescimento econômico do país.
Apesar dos avanços, o cooperativismo ainda enfrenta desafios, como a necessidade de maior apoio governamental, modernização tecnológica e educação cooperativa para novas gerações. A ampliação do acesso a linhas de crédito e políticas públicas específicas podem impulsionar ainda mais o setor nos próximos anos, que direta e inicialmente produz riqueza nas próprias regiões em que atua.
Assim, o cooperativismo se firma como uma força transformadora no Brasil, promovendo desenvolvimento econômico, justiça social e sustentabilidade. Este modelo não apenas atende às demandas do presente, mas também prepara o país para os desafios do futuro. Investir no fortalecimento das cooperativas é apostar em um Brasil mais igualitário, resiliente e próspero.
Neilton Ribeiro da Silva
Diretor Presidente do Sicoob Fluminense
Ascom